A vida nos é dada para grandes feitos! Mas o que isso significa? Grande aos olhos de quem? Qual é a medida? A tendência de muitos de nós é ter como referência o outro, ou seja, o que é externo, aquilo que nos é apresentado como conveniente, sobretudo do ponto de vista social.
Não por acaso as redes sociais são tidas como uma ampla vitrine. Ali, é possível acessar toda e qualquer tendência – da moda à literatura; da gastronomia ao turismo; do novo carro ao relacionamento sólido; da formação acadêmica à educação dos filhos… e por aí vai… O detalhe é que cada vez que miramos apenas no externo, seguindo os ditames das estampas sociais, nos esquecemos de nós mesmos.
Temos uma bússola interna plenamente apta a nos direcionar para o que é melhor. Só que precisamos de disposição para atentar para a construção desse caminho. Não! O caminho não está pronto! Ele precisa ser tecido dia a dia, conforme nos ensina o poeta espanhol Antonio Machado: “Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar”.
Se nos dispusermos a ouvir essa voz interna (que, na maioria das vezes, é baixinha e sutil), a dimensão dos “grandes” feitos ficará um pouco mais clara. Isso porque a referência será a da realização, a do “encantamento” (como nos lembra o escritor Guimarães Rosa…). E essa é uma medida absolutamente pessoal, que tem a ver com a nossa história e com os sonhos que nos moldam.
Portanto, que estejamos prontos a descobrir que proporção é essa para a realização de grandes feitos. E, claro, não precisamos aguardar a virada do ano para descortinarmos esses desejos. Podemos (e devemos) consultar a nossa bússola interna frequentemente, a fim de sedimentarmos uma jornada com sentido.
Feliz vida nova – todos os dias!